Lar Foguetes e naves espaciais O telescópio James Webb da NASA descobriu pela primeira vez um exoplaneta

O telescópio James Webb da NASA descobriu pela primeira vez um exoplaneta

por José Ricardo Pinho

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Os astrónomos descobriram quase 6 mil exoplanetas, mas a grande maioria deles foi descoberta de forma indireta: ou pela oscilação da posição da estrela, causada pela gravidade do planeta, ou pela diminuição do brilho da estrela quando o planeta passa à sua frente. Apenas algumas dezenas de planetas foram descobertos por observação direta — geralmente, são mundos gigantescos jovens, com massa várias vezes superior à de Júpiter, que ainda emitem o calor remanescente após a sua formação e, por isso, são brilhantes no espectro infravermelho.

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Para ver essas exoplanetas, os astrónomos precisam equipar os seus telescópios com um coronógrafo — uma máscara que bloqueia os reflexos da estrela hospedeira, que de outra forma ofuscariam a radiação das planetas.

Os telescópios terrestres obtiveram algum sucesso com este método, mas não conseguem obter imagens de planetas com menos de duas massas de Júpiter. Isto deve-se ao facto de a atmosfera da Terra também emitir radiação na faixa do infravermelho, abafando os sinais fracos dos planetas.

Havia grandes esperanças depositadas no telescópio James Webb — acreditava-se que ele seria capaz de detectar mais exoplanetas. Ele é capaz de captar luz na faixa do infravermelho médio com ondas mais longas, que é basicamente bloqueada pela atmosfera da Terra. Exoplanetas mais frios e pequenos brilham nessas comprimentos de onda.

Num novo estudo, uma equipa liderada por Anne-Marie Lagrange, do Observatório de Paris, investigou a relação entre planetas jovens e os discos protoplanetários a partir dos quais se formam. Nos últimos anos, os telescópios mostraram que os discos em torno de estrelas jovens costumam ter lacunas escuras, provavelmente formadas por um planeta voraz. Mas ninguém ainda encontrou um planeta em tal lacuna.

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